Pressa não passa? É doença:A pressa que parece não ter fim é uma doença que já afeta cerca de 30% dos paulistanos, segundo pesquisa realizada pela International Stress Management Association do Brasil (Isma-BR)- Ter pressa é dar aquela pisadinha básica no acelerador quando o semáforo está amarelo. É adotar o costume paulistano de dar um beijo no rosto ao encontrar um conhecido (já reparou que os cariocas dão dois e tem gente que dá até o terceiro ‘pra casar’?). E absorver o sentido de urgência a ponto de, ao encontrar um amigo, perguntar “E aí? Tem corrido muito?” em vez do tradicional “tudo bem?” Mas até que ponto essa ânsia de chegar cedo em tudo e terminar as atividades o quanto antes é saudável? Segundo os especialistas, até o ponto em que você não sofra da doença da pressa.
Termo cunhado nos EUA, a doença da pressa (ou hurry sickness) é o estado em que, movida por uma ansiedade extrema, a pessoa vive sempre no limite e tem intolerância imensa com atrasos, lentidões e qualquer ação que resulte em perda de tempo - que às vezes pode ser de segundos. Uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association do Brasil (Isma-BR), divulgada recentemente, mostrou que a média dos paulistanos que sofre do mal gira em torno dos 30%.
Um médico ter pressa numa situação de emergência é saudável. Mas, quando ele sai do hospital e encara a volta para casa como um ato de vida ou morte, aí se configura a doença da pressa, explica a presidente do Isma-BR, a psicóloga Ana Maria Rossi. “Sem razão, a pessoa tem pressa. Se ela vive nesse estado permanente e injustificável, significa que algo está errado.”
O psiquiatra da Unifesp Miguel Roberto Jorge diz que o apressado é movido por ansiedade. “São aflitos em ver as coisas terminadas o quanto antes.”
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