quinta-feira, janeiro 21

Jornal O Estado de SP em PDF, Quinta, 21 de Janeiro de 2010

Posted by kotonette 08:10, under | No comments

Oito dias depois, novo terremoto apavora Haiti: Identificação de corpo eleva para 20 o total de brasileiros mortos - Depois de oito dias de espera aflitiva, ela finalmente veio. A réplica do terremoto do dia 12 no Haiti, anunciada pelos especialistas, ocorreu ontem pouco depois das 6h, atingindo 5,9 ponto na escala Richter, um ponto a menos que o primeiro. O tremor, que como o anterior durou alguns segundos, acabou de derrubar muitas das construções já semidestruídas e provocou pânico em Porto Príncipe. Como da primeira vez, o epicentro também ficou a sudoeste da capital, mas mais distante, a 60 quilômetros, na pequena cidade de Petit-Goâve. O terremoto derrubou oito casas na área, mas não há notícias de feridos. A maioria das pessoas nas regiões mais afetadas que ainda têm casas está dormindo nas ruas e praças, com medo de novos tremores. O policial haitiano César Henry Robert contou que estava do lado de fora da delegacia de Petit-Goâve, falando no celular, quando a terra tremeu. "Saí correndo para longe da delegacia", contou sorrindo. "Foi muito forte."

"Minha casa acabou de cair hoje", disse a costureira Benite Milfort, uma das abrigadas em cerca de 20 tendas circundadas por casas destruídas sobre um morro no bairro de Cubidon, na periferia de Petit-Goâve. Ela morava na casa com quatro primos e sobrinhos, e perdeu tudo o que tinha. "Não consegui nem retirar minhas roupas", disse Benite. "Não recebemos nenhuma ajuda. Ninguém veio aqui, nem jornalistas."

A queixa foi repetida pelas outras famílias de desabrigados, em geral formadas por lavradores e vendedores ambulantes. Eles disseram que estão se alimentando de bananas e mangas, embora as fazendas produzam também arroz e milho. À pergunta sobre se tinha esperança de receber ajuda, Senise Jean-Baptiste, que vende na beira da estrada uma espécie de pastel chamado fritaille, respondeu: "Não temos escolha a não ser esperar."

A 30 km dali, na cidadezinha de Cassegna, cerca de 80 fuzileiros navais americanos cercaram um terreno, onde um helicóptero pousou com garrafas de água e caixas com arroz pronto para comer, e distribuíram para centenas de pessoas. Os americanos estão intensificando essas ações relâmpago. Na véspera, eles pousaram com ajuda e equipamentos no gramado do palácio presidencial, destruído pelo terremoto, no centro de Porto Príncipe. Mas ontem não estavam lá. "Eles só pousam e vão embora, quando precisam", explicou um policial do lado de dentro das grades.

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