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Jornal O Estado de SP em PDF, Sábado, 03 de Janeiro de 2009

Posted by kotonette 09:36, under | No comments

O superávit da balança comercial brasileira, dado pela diferença entre exportações e importações, fechou 2008 em US$ 24,7 bilhões, voltando ao nível do início do governo Lula. Foi o pior saldo em seis anos e 38,2% menor do que o de 2007. O resultado só não foi pior porque em dezembro as importações caíram mais do que as exportações, como reflexo da alta do dólar, que torna os produtos estrangeiros muito mais caros.



O gráfico de evolução das exportações e importações mostra uma guinada radical nos dois últimos meses do ano, com o agravamento da crise econômica internacional e o encolhimento do comércio internacional. As exportações brasileiras, que entre janeiro e outubro haviam crescido 28% na comparação com o mesmo período de 2007, em novembro e dezembro ficaram praticamente iguais ao último bimestre de 2007, com pequena diferença de 1%. Já as importações tiveram sua taxa de crescimento reduzida de 51,6% para 9% depois do pior momento da crise.

No acumulado do ano, as exportações brasileiras totalizaram US$ 197,9 bilhões, cerca de US$ 4,1 bilhões abaixo da meta estipulada pelo governo. O valor das vendas ao exterior é 23,2% superior ao registrado em 2007, o que deve garantir ao Brasil uma fatia ligeiramenTe maior no total exportado pelo mundo, que teria crescido, pelas estimativas preliminares do Fundo Monetário Internacional (FMI), 22,6% no ano que recém terminou.

"Tivemos uma retração bastante visível nas exportações e importações, mas o Brasil perdeu menos mercado do que o resto do mundo", disse o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral.

Apesar de não possuir números de final de ano de outros países, Barral apresentou um quadro comparativo segundo o qual o Brasil teria sofrido menos efeitos negativos da crise do que outros países em desenvolvimento. Em novembro, por exemplo, enquanto as exportações brasileiras ainda registravam alta de 5% em relação ao mesmo mês de 2007, a China teve suas vendas ao Exterior reduzidas em 2,2%, e o Chile (altamente dependente das exportações de cobre), em 19,8%.

De acordo com o secretário de Comércio Exterior, a estratégia de diversificação de destinos das exportações tornou o Brasil menos dependente do mercado americano e, com isso, reduziu o impacto da crise sobre nós.

Em 2008, as exportações brasileiras cresceram 21% para a América Latina, 47,5% para a Ásia e apenas 7,9% para os Estados Unidos e 13,4% para a Europa. Já no caso das importações, cresceram mais as compras do Oriente Médio (92,1%, pelo encarecimento do preço do petróleo) e da Europa Oriental (90,7%, pelo encarecimento dos fertilizantes).

De acordo com Barral, o País também teria avançado na diversificação da sua pauta de exportações, mas a dependência de produtos primários ainda é grande e submete o Brasil às oscilações no preço das commodities, que caíram com a crise.

SEM ESTIMATIVAS

O governo decidiu, pela primeira vez nos últimos anos, não estabelecer uma meta nem divulgar estimativas para as exportações em 2009. As incertezas sobre o preço das commodities levaram o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior a prever apenas a manutenção do volume exportado no mesmo patamar de 2007 e 2008. "Eu não apostaria'', disse o secretário Welber Barral, ao ser questionado sobre suas projeções de valor exportado em 2009.

NÚMEROS

23,2%
foi quanto subiram as vendas do País ao exterior em 2008 ante o
ano anterior

51,2%
era a taxa de crescimento das importações em 2008 antes da crise global

9%
foi para quanto caiu a taxa de crescimento das importações do País nos últimos dois meses de 2008

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