Plano para resgatar alpinista
Família tenta recuperar corpo de montanhista brasileiro que se acidentou na Patagônia - Rio - Parentes do alpinista Bernardo Collares, 46 anos, vão se encontrar hoje com autoridades argentinas para tentar resgatar o escalador, numa das montanhas mais traiçoeiras da Patagônia, no extremo sul do país. O presidente da Federação de Montanhismo do Rio de Janeiro fraturou a bacia ao despencar de uma altura de 20 metros, na última segunda-feira, às 10h, quando iniciava a descida do Monte Fitz Roy, na cidade de El Chaltén, considerado um dos mais difíceis da região. Bernardo, que era mineiro e morava no Rio, tentava pela terceira vez atingir o cume da montanha de 3.375 metros de altitude quando foi surpreendido pela mudança brusca de tempo, com tempestade de neve a poucos metros do topo. Acompanhado da amiga Kika Bradford, o alpinista decidiu adiar mais uma vez o sonho e tomar o caminho de volta ao acampamento. Segundo o ambientalista e amigo André Ilha, Kika desceu pela corda, mas, na vez de Bernardo, o sistema de ancoragem, onde as cordas se prendem, falhou. “A rocha pode ter se partido ou as cordas se desprenderam”, conta.
Família tenta recuperar corpo de montanhista brasileiro que se acidentou na Patagônia - Rio - Parentes do alpinista Bernardo Collares, 46 anos, vão se encontrar hoje com autoridades argentinas para tentar resgatar o escalador, numa das montanhas mais traiçoeiras da Patagônia, no extremo sul do país. O presidente da Federação de Montanhismo do Rio de Janeiro fraturou a bacia ao despencar de uma altura de 20 metros, na última segunda-feira, às 10h, quando iniciava a descida do Monte Fitz Roy, na cidade de El Chaltén, considerado um dos mais difíceis da região. Bernardo, que era mineiro e morava no Rio, tentava pela terceira vez atingir o cume da montanha de 3.375 metros de altitude quando foi surpreendido pela mudança brusca de tempo, com tempestade de neve a poucos metros do topo. Acompanhado da amiga Kika Bradford, o alpinista decidiu adiar mais uma vez o sonho e tomar o caminho de volta ao acampamento. Segundo o ambientalista e amigo André Ilha, Kika desceu pela corda, mas, na vez de Bernardo, o sistema de ancoragem, onde as cordas se prendem, falhou. “A rocha pode ter se partido ou as cordas se desprenderam”, conta.
Bernardo ficou inconsciente após a queda. Kika permaneceu ainda quatro horas ao lado dele. Deixou o saco de dormir, deu-lhe água e comida e só então desceu mais 35 rapéis durante um dia e meio. “As chances de estar vivo são praticamente nulas”, lamenta André Ilha.
Como Kika, Bernardo era considerado um alpinista experiente em escaladas de alto nível de dificuldade. Durante a expedição, ele compartilhou com os amigos de escaladas cada conquista.
O alpinista deixou uma mensagem na qual revelava sua paixão pelo montanhismo: “As montanhas são uma espécie de reino mágico onde, por meio de algum encantamento, eu me sinto a pessoa mais feliz do mundo”.
‘Tempo tem que melhorar’
O irmão Leandro diz que neste tipo de situação, assim que ocorre o acidente, quem pode fazer para resgatar o corpo são os próprios montanhistas. ‘Tem que ser rápido e os únicos com competência e capacidade são eles”.
Segundo Leandro, existe a possibilidade, mas depende, primordialmente, do tempo. “Se os ventos não diminuírem, é impossível. Com helicóptero tem dois agravantes: eles não têm pilotos especializados neste tipo de resgate (sem pousar) e equipamentos para isto, mas mesmo que tivessem, o tempo não permitiria. Tem que melhorar o tempo para fazer qualquer coisa”, afirmou.
Familiares agradecem a Kika
A família de Bernardo agradeceu a Kika por ter acatado ao pedido dele de descer, do contrário os dois ficariam. “Não teríamos notícias, o que realmente seria muito pior. Eu tenho certeza absoluta que o Bernardo pediu isto a Kika”, diz o irmão Leandro.
Os amigos planejam homenagem a Bernardo no morro da Urca. “Foi uma fatalidade”, emociona-se o amigo Alexandre Diniz. Em 2006, Vitor Negrete morreu no Monte Everest. Em 1998, Mozart Catão, Alexandre Oliveira e Othon Leonardo foram atingidos por avalanche no Monte Aconcágua, no Chile.
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