Dunga luta contra os fantasmas de 2006:Técnico diz que a seleção não se ilude com favoritismo antecipado - O clima, em Salvador, é de festa para a seleção. Depois de obter a classificação antecipada para a Copa de 2010, ao bater a Argentina por 3 a 1 no sábado, a equipe foi recebida ontem por cerca de 300 barulhentos e bem-humorados torcedores no aeroporto da capital baiana. Mal passava das 6 horas. No caminho até o hotel, localizado no bairro de Itapuã, o ônibus da seleção foi seguido por dezenas de carros de fãs, que promoveram um buzinaço pelo caminho.
Depois do merecido descanso, os jogadores começaram a circular pelo hotel, por volta das 16 horas. Sorridentes, posaram para fotos com outros hóspedes, conversaram com fãs e deram dezenas de autógrafos. O bom humor reinou, principalmente depois de a folga ser estendida, sem o treino da tarde.
Apenas o técnico Dunga e o assistente Jorginho fizeram questão de manter a carranca durante a maior parte do dia. Esforço para que não se repita o clima de "oba-oba" e "já ganhou", apontado por muitos como o principal responsável pela derrota da seleção na Copa de 2006, na Alemanha - a equipe foi eliminada nas quartas de final, pela França. O treinador admite que seu time vai entrar na competição como favorito, mas mantém a pregação por seriedade, humildade e trabalho.
"O Brasil, se pegar 11 meninos de rua, vai para a Copa como favorito, só pela camisa", avalia. "Mas a gente dizer que já tem uma seleção pronta é presunção", continuou. "Ainda temos um ano até a Copa. Acho que a gente está trabalhando e está no caminho certo." Para Dunga, o importante é que os jogadores "se dediquem ao máximo". "Cada um tem de deixar tudo dentro de campo. Eles têm de se sentir orgulhosos por vestir esta camisa."
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