quarta-feira, novembro 4

Jornal O Estado de SP em PDF, Quarta 04 de Novembro de 2009

Posted by kotonette 06:43, under | No comments

Falso militar enganou recrutas em São Paulo: Falso militar dava curso de selva em SP - Antes de ser preso, enganou mais de 20 pessoas e cobrou até R$ 5 mil de recrutas, que esperavam ir para o Haiti. Rafael Fernandes dos Santos montou um curso de formação de militares. Dava aulas na selva, ensinava a marchar e cobrava até R$ 5 mil para garantir aos alunos uma vaga na tropa brasileira que participa da força de paz das Nações Unidas no Haiti. Exigia que policiais militares lhes prestassem continência, pois "era o primeiro-tenente Fernandes, do 2º Batalhão de Polícia do Exército (2º BPE)". Enganou mais de 20 pessoas, que sonhavam com a carreira militar. Acabou denunciado por duas das vítimas e preso pela Polícia Civil de São Paulo. Fernandes, de 24 anos, teve a ideia de montar a academia particular há dois anos. Sua formação militar se resumia a cinco meses de treinamento como recruta do 6º Batalhão de Infantaria Leve (6º BIL), em Caçapava (SP), de onde foi desligado por indisciplina.

"Ele era go-go boy", afirmou o delegado Oswaldo Nico Gonçalves, do Grupo de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), responsável pela prisão. O acusado se dizia amigo de um coronel do Exército. "Ele dizia tê-lo conhecido em uma sauna", afirmou G.C.S., de 21 anos, um dos alunos que denunciaram o falso oficial.
O tal coronel seria quem iria garantir a presença dos alunos, após o curso, na força de paz no Haiti. "Era convincente.

Tratava os alunos como se fosse o capitão Nascimento", disse o delegado. De fato, Fernandes não dava mole para os recrutas. Durante a instrução de guerra na selva, ralava todo mundo. "Ele dava tapa na cara se alguém fazia coisa errada. Era um treinamento normal", disse o ex-aluno G.C.S.. As aulas teóricas de ordem unida eram dadas na casa do acusado, na Vila Brasilândia, zona norte da capital. Os acampamentos duravam até quatro dias e eram feitos em Paranapiacaba. "O cara é bom. Ele faz rappel de ponta-cabeça. Aprendi várias coisas. O ruim é que ele mentiu", disse o aluno. Cada recruta pagava de R$ 1 mil a R$ 5 mil pelo curso. Além das instruções de ordem unida e sobrevivência na selva, o tenente Fernandes dava instrução de tiro. Usava pistolas semiautomáticas e uma carabina.


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