domingo, dezembro 12

Jornal O Estado de SP em PDF, Domingo, 12 de Dezembro de 2010

Posted by kotonette 10:44, under | No comments

Vamos sorrir e cantar
Completar oito décadas no dia que lhe deu fama e fortuna só pode ser obra do destino. Homem de sorte, Silvio Santos não aposta à toa - Se vale a máxima de que nenhum reality show é de fato real porque ninguém se comporta naturalmente diante de uma câmera, Silvio Santos, puro show, é exceção à regra. Não que Senor Abravanel estampe o tempo todo aquele sorriso contemplado pela TV. O caso é que o homem, 80 anos completados hoje, não tem como fugir daquela voz que tudo lhe deu, daquele timbre de quem venderia geladeira até no Polo Norte, e daquele senso de humor que nem as próprias desgraças perdoa. Silvio sabe rir dos outros – mais do que de si. Ao fim daquele fatídico dia em que o sequestrador Fernando Dutra Pinto invadiu sua casa e lhe fez refém, diante de um exército de repórteres, fotógrafos e cinegrafistas, teve humor para contabilizar quantas horas a Rede Globo, sua rival, havia lhe dedicado em toda a programação.

Avesso a entrevistas, mas vaidoso, adora posar para a Caras. Há coisa de dois anos, fotografou, feliz da vida, para a capa da revista, ao lado dos manequins de cera em tamanho natural que trouxe dos Estados Unidos. Como empresário, Silvio Santos é excelente animador, e tem ciência disso – há um mês, por ocasião do rombo anunciado no Banco Panamericano, admitiu que nunca havia pisado na instituição e que seu negócio, em todo o grupo de 44 empresas, é de fato a televisão. A seguir, o Estado revela histórias, manias e paixões de Senor Abravanel, o camelô que virou magnata, por quem o conheceu por trás do pancake.

Silvio por Luciano Callegari (ex-diretor artístico e de programação do SBT, foi seu braço direito por 43 anos): "Com aquela risada, quem vai falar mal dele? Ele começa a dar risada na hora em que entra no palco, aquilo é uma máscara. Quando corta, é outro cara, e depois dos 70 anos, ele perdeu o rumo. Ele administra por conflito, gosta de jogar um executivo contra o outro. A liderança dele é a liderança do terror. Ele não tem amigos, não sabe participar de roda de amigos. Conta piada só no palco. Não tem vida social. Está recluso em Celebration, município ligado a Orlando. Leva filmes do Brasil para assistir lá. É ‘Um pobre homem rico’."

Formato: PDF
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