sábado, janeiro 16

Jornal O Estado de SP em PDF, Sábado, 16 de Janeiro de 2010

Posted by kotonette 08:13, under | No comments

Após enterrar 40 mil vítimas, Haiti teme onda de violência: Ainda à espera de água e comida, sobreviventes começam a deixar a capital - Autoridades haitianas disseram ontem que mais de 140 mil pessoas podem ter morrido após o terremoto de 7 graus na escala Richter que devastou o Haiti na terça-feira e advertiram que gangues estão atacando os sobreviventes, que aguardam cada vez mais desesperados a lenta distribuição da ajuda internacional.
"Estamos retirando os cadáveres das ruas e enterrando-os em valas comuns. Já enterramos 40 mil pessoas. Creio que há outros 100 mil mortos", disse o secretário haitiano de Estado para Segurança Pública, Aramick Louis. "Há muitas pessoas sob os escombros."
O ministro haitiano de Saúde Pública, Alex Larsen, afirmou que mais de 50 mil pessoas morreram e mais de 250 mil ficaram feridas. O ministro do Interior, Paul Antoine Bien-Aime, foi mais longe e disse acreditar que - por causa da magnitude da destruição - mais de 200 mil pessoas podem ter morrido.

Segundo o secretário de Segurança Pública, o maior temor do presidente e do primeiro-ministro, que coordenam os esforços para conter a crise, é que o desespero comece a se transformar em violência. "Estamos enviando a polícia para as áreas onde os bandidos estão agindo. Algumas pessoas estão roubando", disse o secretário.

Foram registrados saques desde o dia do terremoto, mas pequenos bandos de homens e adolescentes armados com machetes foram vistos ontem circulando pelas ruas do centro de Porto Príncipe e roubando o que podiam das ruínas de lojas. Testemunhas disseram ter ouvido disparos. Na quinta-feira, um fotógrafo da revista Time disse ter visto duas barricadas erguidas com pedras e corpos por sobreviventes que estão revoltados com a demora na distribuição de ajuda.

Capacetes azuis da ONU que patrulham as ruas de Porto Príncipe dizem que os moradores estão cada vez mais desesperados e revoltados com a demora na distribuição da ajuda humanitária. Os militares alertaram os comboios de ajuda a reforçar a segurança temendo que eles sejam atacados pela população faminta.

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